RELAÇÃO ESCOLARIDADE EMPREGABILIDADE E O SEU IMPACTO NA DESESTABILIZAÇÃO DOS ESTÁVEIS.
Introdução:
O projeto aqui apresentado trás resultados de uma pesquisa que relata a situação da exclusão social no Brasil nas ultimas quatro décadas, repousando sobre as transformações da educação como: índices de analfabetismo, educação tecnológica e superior, além de cursos preparatórios e sua relação com a empregabilidade.
Uma das situações relacionadas a estas transformações é que sujeitos mais qualificados estão sendo admitidos em campos de trabalho que exigem qualificação inferior a sua.
Muitas de nossas inquietações convergem para ocorrências nos contextos sócio-educacionais e empregatícios.
Por volta da década de 1980, os cursos superiores eram voltados para pessoas de classe média alta e assim eram garantia de emprego, ou seja, estabilidade profissional e financeira, porém ao passar dos anos o ensino superior não é mais tão eficaz, conforme Castel (1998) este fenômeno é chamado de “desestabilização dos estáveis”, já que ter um diploma de curso superior não quer dizer ter um emprego.
Como explicar porque há tantas pessoas diplomadas e com qualificação desempregadas?
Assiste-se ao desmanche da sociedade do emprego salarial enquanto a nova base técnico-científica, incorporada ao processo produtivo, permite o aumento da produtividade e da expansão econômica sem incrementos proporcionais de emprego. O desemprego estrutural ganha contornos de irreversibilidade e atinge diretamente aqueles que vivem do trabalho, e particularmente a população jovem (POCHMANN, 2001).
Um emprego para a vida toda é algo que não se tem mais como garantia e isto tem contribuído para o aumento da mobilidade profissional e geográfica.
Os estudos investigativos na área da inserção profissional e social de jovens tratam desse contexto contemporâneo, sem perder de vista o caráter múltiplo e dinâmico da noção de juventude em sua interface com outras categorias de análise (classe social,