A Primeira República O governo provisório republicano contratou os seus esforços na manutenção da ordem, em detrimento das iniciativas revolucionarias exigidas pelos sindicatos. Embora tenha legalizado o direito à greve e reorganizado os serviços de assistência técnica, centrou os seus esforços na promulgação de uma serie de leis contra a igreja, entre os quais, a liberdade de culto, a nacionalização das propriedades eclesiásticas e a expulsão das ordens religiosas. Em maio de 1911, foram convocados eleições legislativas, tendo o partido Republicano apresentado como lista única na grande maioria dos círculos eleitorais. Em Agosto do mesmo ano, a Assembleia Nacional constituinte redigiu a primeira Constituição republicana. No entanto, o excessivo peso concedido ao congresso debilitou os governos, que passaram a depender das maiorias parlamentares. O período de vigência da 1ª República foi de 1910 a 1926. O grande factor do insucesso da República foi, sem dúvida a conjuntura internacional pouco favorável decorrente de todas as crises provocadas pela grande guerra, não tendo tempo para fortalecer as bases, o que impediu o crescimento. Um dos muitos motivos que apontam para a não perpetuação do regime foi o facto de se ter apoiado nas massas populares urbanas que reflectiam o clima de instabilidade social que se vivia. Quando deflagrou a I Guerra Mundial, o governo de Bernardino Machado mostrou se favorável à intervenção no conflito ao lado das tropas aliadas, no entanto, a participação portuguesa apenas se efectivou em 1916. As melhorias introduzidas na economia em 1923, resultantes do avanço proporcionado pela industrialização e alfabetização perspectivam uma continuidade do regime republicano, mas tal não aconteceu. O grupo de descontentes com esta situação é a igreja que estava desejosa de regressar aos poderes absolutos, o exército e funcionários públicos tinham dificuldade no poder de compra, e a indústria tinha impostos elevados, etc. A queda da