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A não adequação do regime Imperial a nova realidade e a crise econômica que atinge o Brasil em 1877 contribuíram para que os ideais republicanos se fizessem cada vez mais presente acentuando o antagonismo entre os tradicionais senhores de terra que governavam o país como se governassem suas fazendas, e os representantes de novos interesses. A primeira Constituição republicana brasileira se efetivou através do movimento político-militar, derrubou o Império em 1889, e se inspirou na organização política norte-americana.
Com a instauração da República (1889), a Educação sofreria mudanças, mas sempre sob os princípios adotados pelo novo regime: centralização, formalização e autoritarismo.
Algumas representações contribuíram para a produção de uma memória da ação republicana, na qual a Primeira República foi tomada como marco zero, lugar de origem da escolarização elementar, e das políticas de institucionalização, disseminação e democratização da educação escolar no Brasil. Por outro lado, nesta luta de representações, algumas análises contribuíram para a afirmação e atualização de uma memória de desalento e decepção causados pelo suposto fracasso e ou omissão do regime republicano no âmbito educacional. Memória que (re)inventa a idéia de uma República que não foi, que não cumpriu suas promessas de extensão de direitos de cidadania, que não se tornou efetivamente uma república, uma coisa de todos, com um governo para e por todos; aquela que permanece, ainda hoje, inconclusa, inacabada.
2. A Educação no Contexto Legislativo
No que concerne à organização política e legislativa, é importante ressaltar que após a Proclamação da República instaura-se no país o governo provisório de 1889 a 1891, quando a Constituição é promulgada.
Durante o governo provisório algumas medidas foram instituídas para âmbito educacionais: por meio do decreto nº 7 (1889), fixa as atribuições dos Estados, determina a educação, em todos os graus, como de competência das