Trabalho de Port Part Aiki
289 palavras
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TEXTO REGIONAL"Cabocra" (linguagem regional)
Visge santa qui cabocra mas danada di bunita essa qui anda i passa mexendo cu'coração da gente qui fica pulando qui nem pangaré brabo...
Qui muié mas danada di boa dexando meu sangui frervendo só di oiá quand'ela passa à toa toda si remexendo!!
Eu inté quiria trocá cuntigu umas prosa pra vê si tu num quiria morá cumigu numa paióça cunstruída di sapê!!
Puxa cabocra tu és a rapariga mas bunita qui essa roça já viu i acriditu qui nu Brasil otra igual a ti num á...
TEXTO HISTÓRICO
Quem conta um conto aumenta um ponto... isso é verdade. Muitos contos que aprendi quando criança e, depois, escutei narrados por outras pessoas, tinham pontos bem diferentes. Os contos, antigamente, eram passados de boca em boca, não havia rádio nem qualquer outro meio de comunicação. O povo era geralmente analfabeto, mas existiam sempre os contadores. E era no borralho, ao calor da fogueira, onde tudo acontecia. O borralho antigo é a lareira de hoje, diferente apenas em seus aparatos e suas dimensões. Era rústico, chão de terra batida ou massa de areia e cal. Havia uma pilheira de cada lado onde nos sentávamos. Lá bem acima do fogo, já na parte da chaminé, ficava o cambo, uma espécie de varal onde pendurava-se as lingüiças, protegidas pelo ar quente e pela fumaça. Ainda me lembro do cambeiro, talvez um dos artefatos de madeira mais antigos que existia na casa de minha avó que eu ainda cheguei a conhecer. Era um pedaço de barrote que sobressaía da parede em sentido oblíquo, onde as panelas ficavam penduradas ao fogo por um gancho de ferro. Depois vieram as trempes de ferro, onde colocávamos as panelas em cima.