O proletariado industrial na Primeira Rep blica Resumo 1
No ensaio “O proletariado industrial na primeira república”, de autoria de Paulo Sérgio Pinheiro destaca a relevância do estudo da classe operária na Primeira República, visto que esta preocupação somente é retomada no período pós 30 quando a classe operária passa a ter algum significado para a coalizão no poder naquele período e condicionando os limites das opções das classes dominantes a partir de 1930. Cabe ressaltar que a convivência forçada dos empresários com as novas classes trabalhadoras que emergem no final do século XIX nas cidades constitui-se é um fato inovador no contexto predominante agrário da época.
Antes desse período, a existência do movimento operário que precede o sindicalismo estatal é tratada como uma excrescência na história brasileira cujo tema é habitualmente excluído e de documentação relegada ao esquecimento para ocultar sua presença. O autor tem como pretensão lançar novas luzes sobre o estudo do processo de industrialização no Brasil e da história do movimento operário para que através desta sejam buscadas respostas nas dimensões contidas na industrialização tais como: a estrutura industrial, a concentração da mão de obra, o perfil da exploração da força de trabalho e a atuação do Estado.
A industrialização no Brasil se desenvolveu a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX, sobretudo com o fim da escravidão negra no Brasil, o advento republicano e a presença de mão de obra estrangeira composta pelos imigrantes europeus, formada majoritariamente por italianos, seguidos quantitativamente pelos espanhóis e pelos portugueses, correspondendo, assim, à estrutura da mão de obra industrial no limiar do século XX.
O processo de industrialização no Brasil está vinculado ao processo de transformação de nossa economia, cujo centro agrário era o café com a substituição do trabalho escravo pelo