A presença da literatura nos livros didáticos

A presença da literatura nos livros didáticos Universidade Federal de Goiás
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo analisar o livro didático de português, observando a construção da literatura, a preocupação do autor no que diz respeito ao processo de leitura e às propostas de exercícios apresentadas nas atividades de pré-leitura, análise, compreensão e interpretação do texto, assim como de pós-texto. Inicialmente faremos um comentário de como os livros didáticos de língua portuguesa são tratados, o seu uso na sala de aula e as críticas em relação ao mesmo.
Palavras-chave: Livro didático, literatura, análise.

O livro didático, essa obra, segundo Batista & Rojo (2005), produzida com o intuito de “auxiliar no ensino de uma determinada disciplina, por meio da apresentação de um conjunto extenso de conteúdos do currículo, de acordo com uma progressão, sob a forma de unidades ou lições, e por meio de uma organização que favorece tanto usos coletivos, quanto individuais” (p. 15). Transformou-se, em muitos contextos, num objeto indispensável para a efetivação do ensino-aprendizagem, pois, pela história, acredita-se ser possível uma compreensão crítica a esse respeito e, consequentemente, acerca do que hoje compõe esse material.
O livro é uma mercadoria desse mundo editorial, podendo ser sujeito às influências sociais, econômicas, técnicas, políticas e culturais, como qualquer outro produto que percorre os caminhos da produção, distribuição e consumo. Esse fator, no entanto, de acordo com Freitag (1993), nem sempre é observado pelos professores, ou seja, o conteúdo ideológico é absorvido pelo professor e repassado ao aluno de forma acrítica; é como se o professor fosse um porta-voz dos discursos veiculados pelos livros didáticos. Vale destacar, ainda, que, muitas vezes, é a única referência para o trabalho do professor, passando a assumir até mesmo o papel de currículo e de definidor de estratégias de ensino.

*Aluna da graduação da faculdade de