Formação do leitor
Sabe-se que a leitura é muito mais complexa do que a simples decodificação de palavras ou interpretação dos símbolos gráficos, como queira. Ao ler é preciso que o leitor compare o que foi lido com sua bagagem de conhecimento mundano, ou seja, requer sua interpretação acerca do que está escrito nas linhas e nas entrelinhas para se inferir sentido. Desse modo, Geraldi (1999, p. 91) afirma: “... a leitura é um processo de interlocução entre leitor / autor mediado pelo texto.
Encontro com o autor, ausente, que se dá pela sua palavra escrita.”, ou seja, ler é interpretar e compreender o que o autor quer transmitir. Trocando em miúdos, ao ler o indivíduo utiliza o que ele já sabe. Utiliza o conhecimento que ele adquiriu no decorrer de vida dele. Com a interação das diversas formas de conhecimento, como o conhecimento textual, lingüístico e de mundo que o leitor consegue construir sentido. Todos esses conhecimentos são importantes para se ter uma leitura de qualidade, já que cada um deles tem um papel importante no processo da interpretação. O conhecimento lingüístico, por exemplo, estende-se desde o conhecimento de como pronunciar a língua, vocabulário, regras gramáticas internalizadas, até o uso dessa língua. O conhecimento textual, por sua vez, trata-se dos conceitos e noções acerca do texto. Desse modo, à medida que o leitor amplia seu conhecimento textual, mais fácil será para que ele compreenda o texto. Já o conhecimento de mundo é adquirido de modo informal, com o passar dos anos, através das experiências ao conviver na sociedade. Esse conhecimento também é essencial para a compreensão do texto.
Cientes de que não é tão simples resolver o problema de motivação para a leitura, sugerimos alguns passos relevantes para que o professor de língua materna possa melhorar as condições de leitura na sala de aula.
A primeira coisa que o professor deve fazer para o desenvolvimento da