A Pratica da Educação Inclusiva
1 INTRODUÇÃO
Ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (NEE) ainda é um desafio, mas a tendência, felizmente, é de mudança – embora lenta e ainda gradual. E a história de Roberta Martins Braz Villaça, professora da EMEB Helena Zanfelici da Silva, em São Bernardo do Campo, nos mostra claramente que é possível sim fazer uma da escola de qualidade para todos. Entre seus alunos da pré-escola, encontramos uma com paralisia cerebral, que apesar de problemas motores tem sua capacidade cognitiva preservada, mas que trabalha os mesmos conteúdos dos outros alunos. Usando de estratégias e recursos diversos, incluídos aí o apoio de uma auxiliar, ela já conseguiu com que essa aluna acompanhasse a rotina escolar juntamente com os colegas de sua classe, reconhecendo inclusive as letras de seu nome.
E para que esse processo de inclusão se torne cada vez mais dinâmico, é preciso antes entender o verdadeiro conceito de diversidade. Diversidade é o conjunto de diferenças e semelhanças que nos caracterizam, não apenas as diferenças. Diversos não são os outros que estão em situação de vulnerabilidade, desvantagem ou exclusão. E nesse contexto se fazem necessárias várias práticas das quais a grande maioria dos professores ainda não estão preparados. O processo de inclusão escolar começa desde o planejamento da construção de novas unidades, passa pela atuação de toda a equipe gestora no auxílio ao educador, incluídos o apoio de uma sala de recursos para esses alunos com necessidades especiais (AEE). Uma infraestrutura adequada é de extrema importância, assim como uma equipe multidisciplinar preparada para receber alunos com as mais diversas necessidades de aprendizagem. O uso de estratégias de ensino adequadas a diferentes tipos de necessidades específicas de aprendizagem só vem a contribuir para o