Viagens na minha terra
‘’Viagens na minha terra’’
Colégio Marquês de Monte Alegre Membros: - Felipe Matos – N8º - Daniel Mota – N4º - Bianca Zambelli – N2º
Professora Patrícia
Foco no personagem Frei Dinis do livro ‘’Viagens na minha Terra’’
‘’FREI DINIS
Dinis de Ataíde seguira a carreira das armas e depois a magistratura, mas abandonou tudo e, partindo para
Santarém, torna-se frei Diniz de Cruz, homem austero, rígido e teimoso, defensor da monarquia e esperançoso de outra vida, já que a da terra era miserável.
O narrador sequencia uma série de interrogações sobre frei Dinis, criando, desse modo, mistério que despertam a curiosidade do leitor: o que o levou à vida monástica? Por que abandonou carreira e dinheiro? Qual a razão de sua visão agourenta e desgraçada? Por que faz visitas à D. Francisca e Joaninha às sextas-feiras?
Ética e psicologicamente, frei Dinis é um homem de princípios rígidos: “O despotismo, detestava-o como nenhum liberal é capaz de o aborrecer; mas as teorias filosóficas dos liberais, escarnecia-as como absurdas, rejeitava-as como perversoras de toda ideia sã, de todo o sentimento justo, de toda a bondade praticável. Para o homem em qualquer estado, para a sociedade em qualquer forma, não havia mais leis que as do decálogo, nem se precisavam mais constituições que o Evangelho: dizia ele. Reforça-las é supérfluo, melhorá-las impossível, desviar delas, monstruoso. Desde o mais alto da perfeição evangélica, que é o estado monástico, há regras para todos ali, e não falta senão observá-las.” (p. 73)
Frei Dinis representa o mundo velho, um frade do
Antigo Regime em conflito com um jovem liberal
(Carlos): “Duvidar é o único princípio, enriquecer o único objetivo de toda essa gente. Liberais e realistas, nenhum tem fé: os liberais ainda têm esperança; não lhe há de durar muito. Deixem-nos vencer e verão” (p. 69).’’ (Retirado de um arquivo do Colégio Objetivo)