A politica intenacional
A constatação do poder político que as massas sociais podem ter quando alinhadas sob uma mesma ideologia ou interesse não é nenhuma novidade. Foi desta forma, aliás, que o mundo presenciou seus momentos mais expressivos, como a Revolução Francesa ou a Revolução Russa. Estes acontecimentos estiveram intimamente ligados à evolução dos meios de comunicação, que permitiam o contato da sociedade com as teorias revolucionárias de pensadores e ativistas políticos e facilitavam as mobilizações necessárias para concretizar suas reivindicações.
Mas é apenas no final do século XX que esta “redução de distâncias” se torna um fator cuja compreensão é fundamental para entender as mudanças nas relações internacionais a partir de então. Com o aparecimento e disseminação da internet, fatos antes vistos como isolados e irrelevantes ganham uma nova dimensão: passam a influenciar diretamente na imagem externa de determinado país, afetando claramente fatores vitais, como a economia.
As consequências desta maior visibilidade dos Estados através do uso da mídia globalizada têm sido estudadas como o conceito de “diplomacia midiática”. Os Estados Unidos lideram os estudos nesta recente área das Relações Internacionais. O professor de Ciência Política da Universidade de Harvard, Eytan Gilboa, nos dá uma definição precisa deste novo tipo de diplomacia: “A exposição da diplomacia na mídia para a opinião pública criou uma nova diplomacia, com novas regras, técnicas e uma infinidade de implicações para governos, diplomatas, jornalistas e o grande público (…) Trata-se do estudo dos sistemas de comunicação atualmente usados na diplomacia pelos Estados para expressar e defender seus interesses, estimular a realização de acordos e até mesmo legitimar ultimatos. Um novo canal de contato para esclarecer posições e convencer outros Estados e diversos atores globais sobre essas posições.” O mestre em