A polaridade das moléculas
Para compreendermos o conceito da existência de moléculas polares e apolares temos de rever um conceito básico da química, que é o da eletronegatividade, e relaciona-lo com o formato das moléculas; parece complicado, mas não é não.
A eletronegatividade é definida simplesmente como "a tendência relativa de um átomo atrair para si o par de elétrons de ligação quando ligado a outro por uma ligação covalente". A definição parece um pouco longa, mas é fácil de se perceber o tremendo conteúdo que contém se fizermos uma análise bem simples das estruturas de Lewis e utilizarmos outro conceito básico que é a regra do octeto.
As estruturas de Lewis são assim: coloca-se o símbolo do elemento, e, em torno, pontinhos indicando o número de elétrons de valência do elemento. Portanto, elementos do grupo 1 da Tabela Periódica (tenha uma em mãos e mãos à obra) levam um pontinho (eles só possuem um elétron de valência):
Os átomos do Grupo 2 da Tabela levam dois pontinhos, etc. Já a regra do octeto nos revela que a maioria dos átomos, principalmente os do segundo período da Tabela (do lítio ao flúor) tendem a ganhar elétrons para que sua camada de valência se torne a do gás nobre correspondente - no caso o neonio - ou tendem a perder elétrons para que a camada eletrônica que sobrar se pareça com aquela do gás nobre anterior - no caso o hélio. Parece complicado mas não é não. Considere, como o fez Lewis, a formação do composto iônico NaCl. Por Lewis podemos colocar que:
E
Ou simplesmente
Para o NaCl, segundo Lewis. Note, seguindo a sua Tabela Periódica que, em perdendo o seu elétron, as camadas eletrônicas do sódio ficaram parecidas com a do gás nobre precedente, o neonio; o cloro, tomando um elétron extra, transformou a sua última camada, que passa a ser idêntica na forma àquela do gás nobre mais próximo, que é o argônio.
Então vamos lá para a tal eletronegatividade: se o átomo tem a tendência de ganhar elétrons,