Eletronegatividade/polaridade das ligações e das moléculas
Capítulo 7: ELETRONEGATIVIDADE/POLARIDADE DAS LIGAÇÕES E DAS MOLÉCULAS 7.1. Conceitos Gerais Já vimos que uma ligação covalente significa o compartilhamento de um par eletrônico entre dois átomos:
Quando os dois átomos são diferentes, no entanto, é comum um deles atrair o par eletrônico compartilhado para o seu lado. É o que acontece, por exemplo, na molécula HCl:
O cloro atrai o par eletrônico compartilhado para si. Nesse caso, dizemos que o cloro é mais eletronegativo que o hidrogênio e que a ligação covalente que está polarizada, ou seja, é uma ligação covalente polar. É comum representar-se esse fato também da seguinte maneira:
Na representação acima usa-se a letra grega minúscula δ (lê-se delta) e uma flecha cortada indicando o sentido de deslocamento do par eletrônico. O sinal δ– representa a região da molécula de maior densidade eletrônica e o sinal δ+ a região de menor densidade eletrônica. A molécula se comporta, então, como um dipolo elétrico, apresentando o que se convencionou chamar de cargas parciais – positiva (δ+) e negativa (δ–). A maior densidade eletrônica ao redor do cloro é também representada espacialmente, como na figura abaixo:
Evidentemente, quando os dois átomos são iguais, como acontece nas moléculas H2 e Cl2, não há razão para um átomo atrair o par eletrônico mais do que o outro. Teremos, então, uma ligação covalente apolar. Consequentemente, podemos definir: Eletronegatividade é a capacidade que um átomo tem de atrair para si o par eletrônico que ele compartilha com outro átomo em uma ligação covalente, Baseando-se em medidas experimentais, o cientista Linus Pauling criou uma escala de eletronegatividade, que representamos a seguir num esquema da Tabela Periódica (esses valores não têm unidades).
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Química Geral e Inorgânica Profa. Dra. Elenise Bannwart de Moraes Torres
Os elementos mais eletronegativos são os halogênios (especialmente o