A pobreza politica
Para conseguirmos fazer a nossa história, seria necessário termos algumascondições dadas, e isso nos é impedido por interesses políticos. Como nos repassa Marx o homem não cria o seu destino e cria sua história, ele apenas segue as regras impostas e tem sua história criada à revelia. O homem político tem consciência do que está acontecendo, sabe dos problemas que existem ebusca soluções, não aceitando ser objeto.O autor como sempre polêmico, nos expõe: ³Participação só pode ser conquistada. Aquela doada é presente de grego, porque vem do privilegiado, nãodo desigual. A redução da desigualdade que o desigual quer só pode ser aquelaq ue ele mesmo constrói. Dentro dessa lógica dinâmica, faz parte do poder sua farsa.´ A participação será aquela em que vamos correr atrás, e muitas vezes com algum interesse intrínseco em nossa ação. Não existe lógica uma pessoa ser convidada a participar do poder, sendo neste momento o poder dividido para mais uma pessoa e quando o correto é que quem tem poder deverá concentrar para ter mais ainda. O Estado que tem poder, quando anuncia participação em qualquer ação comunitária, na verdade ele está interessado em adquirir maispoder, como ter o controle de tal açãoe dos cidadãos envolvidos. Essa é a lógica dinâmica do poder.A pobreza política proposta pelo autor é descrita em não ter e não ser, onão ter já é normal vermos pessoas carentes que vivem em condições precárias,que não tem roupas, saúde, dinheiro, sendo como o autor declara ser de ordemquantitativa, sendo uma pobreza material. Essa pobreza é a mais vista e a que noschama mais a atenção, mas pode ser facilmente sanada. A outra proposta do autor a de não ser, é aquela intrínseca em cada um, é algo subjetivo; podemos ter pessoas pobres que não tem nada e não são nada; como podemos ter pessoasmaterialmente ricas que não tem são nada.
³Doar a sustentação material é caracteristicamente uma forma de cultivar a pobreza, exceto nos casos extremos.´
Não adianta