Pobreza política
Quando falamos de pobreza, sempre associamos aos bens materiais que uma pessoa possui ou adquiriu ao longo de sua vida. E é bem clara a distinção entre o rico e o pobre nos privilegios e oportunidade sociais, mas PEDRO DEMO, na sua obra nos alerta sobre uma pobreza mais intensa, mais destruidora, uma pobreza difícil de vencer, pela sua magnitude de alienar as pessoas, evitando-as de crescer com dignidade e de ter direito aos bens e serviços sociais e viver com cidadania. Pois pobreza não pode ser definida apenas como carência de renda material, ou uma questão econômica de mercado. Podemos dizer que pobreza é uma repressão segundo o autor do acesso as vantagens sociais, partida entre a minoria que concentra privilégios e a grande maioria condenada a trabalhar para sustentar tais privilégios. É uma essência da discriminação sobre o terreno das vantagens e oportunidade sociais. E essas vantagens são restritas, mal distribuídas. Na pobreza não encontramos só um traço da destruição material, mas igualmente a marca da segregação, que torna a pobreza produto típico da sociedade, variando seu contexto na historia conhecida e reproduzindo-se nas características de repressão ao acesso das vantagens Sociais. O pobre, sobretudo, é quem faz a riqueza, sem dela participar, é pura discriminação, é injustiça. O autor também revela que não temos educação suficiente para que criássemos nossas próprias defesas e muito menos, para que enxergássemos entro da sociedade, principalmente na educação e na política, outra espécie de pobreza, não aquela de pessoa miseravéis, mas sim, aquela que nos poda e nos limita os sonhos, que nos discrimina, em fim que nos tiram a dignidade humana para que possamos viver com direito de igualdade com os poderosos. Com isto, passou-se a considerar ignorância como centro da pobreza: pobre é sobretudo quem não sabe ou é coibido de saber que é pobre. Não se permite que se constitua sujeito capaz de história própria. Assim,