A pessoa na democracia brasileira

XII Encontro de Pós-Graduação e Pesquisa
Universidade de Fortaleza 22 à 26 de Outubro de 2012

Reflexões acerca da pessoa na democracia brasileira
Monalisa Lima Torres1* (PG) 1Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociedade, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza-CE. [e-mail] Palavras-chave: Indivíduo, pessoa, democracia brasileira.

Resumo
Este trabalho objetivou examinar a influência da pessoa no contexto da democracia no Brasil. Assim, para uma melhor compreensão sobre tal fenômeno tomou-se como referência as ideias desenvolvidas por Louis Dumont acerca das categorias indivíduo e pessoa nas sociedades contemporâneas, e, como instrumento de análise, os tipos ideais weberianos. No que se refere à categoria pessoa na cultura brasileira e as consequências provocadas por sua resistência, nos nossos dias, mesmo diante das exigências de uma realidade capitalista ocidental moderna, buscou-se a sua gênese na própria história da formação da sociedade brasileira. Com tais procedimentos, esta pesquisa procurou cooperar para o entendimento acerca da democracia no Brasil, suas carências e fragilidades, no intuito de contribuir para possíveis avanços.

Introdução
Na trajetória política de nosso país foi constante a presença de figuras políticas que chegavam a assumir cargos públicos em decorrência da posição econômico-social que ocupavam. Esses homens públicos, como já demonstrou nossa história, tinham uma séria dificuldade em distinguir o público do privado. Isso ocorria, principalmente, porque o exercício de uma função pública, muitas vezes, era visto como um meio de defender seus interesses particulares. Até os modelos de relações sociais que experimentavam no seu domínio familiar eram os mesmos que praticavam no convívio do espaço público. Dessa forma, observa-se que o domínio público era (e ainda é) invadido pelo privado, ou melhor, o domínio do privado se estendia ao público. De modo que as relações interpessoais dentro da unidade