A Pedra De Roseta
PEDRA
DE
ROS ETA
Publicações do Museu Britânico
A
PEDRA
DE
ROSETA
Carol Andrews
Departamento de Antigüidades Egípcias
BMP
Publicado para os administradores do Museu Britânico pelas Publicações do Museu Britânico Ltda.
ÍNDICE
Os hieróglifos antes da decifração
A descoberta da Pedra de Roseta
Como a Pedra veio para a Inglaterra
Descrição da Pedra
Os primeiros decifradores da Pedra de Roseta
O método de decifração
O conteúdo da Pedra de Roseta
A seção grega da Pedra de Roseta
A língua egípcia antiga
O alfabeto hieroglífico
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Os hieróglifos antes da decifração
No dia 24 de agosto do ano 394 d. C, na ilha de Philae, na costa sul do Egito, hieróglifos foram usados, ao que tudo indica, pela última vez para escrever a língua egípcia antiga. A inscrição em pedra mais recente, em demótico, a última e a mais cursiva das três escritas empregadas pelos antigos egípcios, é datada de menos de sessenta anos mais tarde, de 452 d. C. Embora seja possível que o demótico, escrito com tinta e pincel ou pena sobre papiro, estivesse em uso há um pouco mais de tempo, para todas as finalidades úteis, durante os 1.370 anos seguintes, o Egito antigo esteve em silêncio, pois a arte de ler seus escritos antigos havia-se perdido. Não havia ninguém para dar voz às incontáveis inscrições hieroglíficas que abundavam por todos os seus monumentos ou aos textos em escrita cursiva hierática e demótica acumulados em papiros e lascas de pedra e cerâmica. Porém, a língua sobreviveu, escrita em caracteres gregos complementados por sete sinais tomados emprestados ao demótico, em uma forma chamada de copto, que é a escrita e a língua dos descendentes cristãos dos antigos egípcios. Na verdade, a palavra copto é meramente uma forma de aiguptios, ou seja, de egípcio. O copto como língua falada desapareceu no século XVI d. C, mas ainda é lido até hoje em igrejas coptas. Seu vocabulário consiste em uma mistura de palavras do egípcio antigo e do grego.
Alcançando uma importância ainda maior mais tarde,