A paz de westfália
Nos idos de 1648 tratados começam a ser assinados e põem fim a uma série de conflitos entre reinos europeus. Tratados esse que vieram a estabelecer uma nova ordem na Europa, e por um fim na intenção do Sacro Império Romano-Germânico, liderado pelos Habsburgos e ligado diretamente ao Papa, de dominar todo mundo cristão.
Estes tratados são chamados de Paz de Westfália e seus termos ajudaram a estabelecer conceitos nas relações internacionais que perduram até os dias de hoje. O principal conceito que surgiu foi o da soberania de cada reino.
Com a soberania estabelecida, cada reino teve o direito de escolher seu regime de governo e sua religião oficial. Muitos dos conflitos da época tinham relações com a religião e reinos vizinhos se pregavam o direito de intervir. Esses tratados tiraram todo direito de intervenção externa, obrigando as partes a reconhecer a diversidade já existente.
Até esse momento, a autoridade mais importante da Europa era a igreja católica. A advenção da Paz de Westfália fez com que um novo tipo de autoridade se instalasse. A autoridade laica. Os signatários dos tratados criaram uma estrutura legal e política, legitimando a autonomia de cada estado dentro de seu território. Uma vez que se reconhece a independência do outro, reconhece-se que não se pode intervir nos assuntos do outro. A isso soma-se a reciprocidade do ato, pois para ter seus direitos respeitados é preciso respeitar o direito dos outros. Isso fez com que houvesse um conceito de igualdade entre os reinos independentes. Também legitimou-se a diversidade de formas de governos e como escolhê-los.
Estabeleceu-se também o princípio de tolerância e liberdade religiosa, cabendo ao governante a escolha da religião oficial do reino.
Num resumo, desses acontecimentos tivemos a advento de um sistema político laico e legal, onde os conceitos de soberania, independência, reciprocidade, diversidade e tolerância passaram a reger as relações entre os reinos. Hoje regem as