A Paisagem Urbana.
A Paisagem Urbana
A paisagem urbana é como se fosse um registro de um momento. Revela de imediato à dimensão do real. Quando fechamos os olhos vemos inicialmente o perceptível, prédios, casas, ruas. Observamos bairros diferentes entre si, podemos falar em favelas, bairros de classe média e os arborizados e também os bares, padarias, supermercados, indústrias, etc. Essas construções são diferentes do ponto de vista arquitetônico, há bairros mais novos e bairros mais velhos. A dimensão do tempo é vista na paisagem da cidade. Existe também um movimento próprio na paisagem da cidade, as pessoas, os carros, ruídos, o rítimo da vida. Podemos notar em uma cidade contradições, desigualdades, diferenças de movimento e intensidade. A paisagem que vemos hoje guarda momentos diversos do progresso espacial, fornece a evolução da produção espacial. Podemos lembrar alguns autores que diante das diferentes paisagens afirmam que existem várias cidades dentro de uma mesma cidade, separada por setores. A cidade diferencia – se pelos bairros, cada bairro isoladamente impede o entendimento da cidade em sua unidade.
A Reprodução da História
A paisagem produz história, a concepção que o homem teve do viver na cidade. Na paisagem da cidade o nível da aparência, do que não se vê, é o nível do não explicado, não entendido. Sob esta aparência estática se esconde e revela todo o dinamismo do processo de existência da paisagem, em que o rítimo da mudança é dado pelo rítimo do desenvolvimento. Essa paisagem é humana e se justifica pelo trabalho do homem aos nossos olhos através do tipo de atividade, tipos de construção, a largura das ruas, densidade de ocupação, arquiteturas, tipos de veículos, cores, usos. A paisagem ganha novos elementos e é reproduzida de acordo com as necessidades humanas. O processo de produção e reprodução humanos se materializa concretamente no espaço geográfico.
O Movimento Escondido