A Origem da Sociologia
A sociedade capitalista constituída no Séc XIX, caracterizada basicamente pela transformação das atividades artesanais em manufatureiras/fabris, se constitui por emigrantes que partiram do campo para as cidades, em busca de desenvolvimento individual. A partir do momento em que as pessoas começaram a organizar suas vidas visando alcançar o progresso, principalmente através das relações de trabalho, impostas, inicialmente pela Revolução Industrial, a sociologia surge como modo de tentar explicar as novas relações entre os membros da sociedade e como forma de procurar organizar a vida social. O caráter investigativo da sociologia possibilita a compreensão e a transformação das atitudes dos grupos de pessoas, que se formaram ao longo do Século XIX, bem como sua cultura. Aos olhos da sociedade da época, todas as conquistas do homem sobre o meio em que vivia, abrem caminho para o controle das leis da natureza e por consequência, possibilitam a abertura de suas mentes para buscar o progresso. A Igreja passa a ser questionada como fonte de poder secular, político e econômico. Segundo Costa, este processo, denominado “laicização da sociedade”, atingiu o apogeu no Século XIX, quando muitas pessoas passaram a acreditar em seus potenciais, e não somente nas explicações que a Igreja transmitia, já que agora, ao invés de “explicar o mundo dos homens”, passou “a ser explicada por eles” e a ser encarada como um dos aspectos da cultura humana. A Igreja não permitia que o homem se sentisse livre para pensar sobre o mundo que o cercava e principalmente, coibia ações que tinha por finalidade, a crítica sobre a realidade presenciada e, na maioria dos casos, vivenciada, pelos indivíduos da deveriam aceitar que a realidade em que viviam era um castigo reservado a eles por Deus. As relações humanas deixam de ser consequências do acaso e passam a ser objetos de estudo, na política, na economia e na própria consciência individual. A revolução do conhecimento,