A organização do pensamento Cristão
Origens do Cristianismo: espiritualmente judeu, politicamente romano, culturalmente helênico.
Do mundo judeu, o cristianismo recebeu a inspiração doutrinal e ascética do Antigo Testamento, complementada pelo Novo Testamento. A organização de suas instituições, como a sinagoga e a família, também contribuiu para a inspiração cristã
Do mundo romano, herdou as vantagens oferecidas pelo Estado, beneficiando-se principalmente de sua tolerância religiosa em relação aos povos submetidos, em particular os judeus. Beneficiou-se também: da segurança garantida pela paz romana, da língua de amplo alcance, da organização administrativa e institucional e da rede de comunicação do Império.
Do helenismo, mesmo negando grande parte de sua cultura, não dispensou boa parte de suas reflexões, pois muitas delas contribuíam para a disseminação da nova fé. Merece destaque também o esquema terminológico e conceitual que o fundamentava
Paulo de Tarso = papel fundamental na expansão e na unificação do cristianismo
Apesar das diferenças entre o saber clássico e o saber cristão que se pontua a partir de Corintios, foi no conteúdo clássico que, contraditoriamente, Paulo de Tarso encontrou os elementos necessários para a composição do seu discurso evangelizador. A eficácia dessa estruturação discursiva é incontestável, ela foi decisiva para os novos rumos tomados pelo cristianismo, o que se pode constatar no findar do período apostólico, por volta dos anos 70, quando ganharam destaque as reflexões dos primeiros pensadores cristãos
Período pós-apostólico (século I):
Santo Inácio
São Policarpo
São Clemente de Roma
Para esses primeiros pensadores cristãos, o que importava era refletir a mensagem de Jesus em sua simplicidade e originalidade, explicando-se assim, em parte, sua atitude de quase indiferença em relação à cultura clássica
Padres Apologistas (séc. II): resultado da perseguição dos cristão pelos romanos
São