A Oposição Cristã e a Dominação Romana
Calebe Laridondu Viana
Lunielle de Brito Santos Bueno
Resumo
No presente artigo nos debruçaremos sobre a carta de Plínio, o moço, ao imperador Trajano, de 112 d.C. e a resposta do imperador Trajano a Plínio e através desta trabalharemos a relação entre cristãos e romanos, que será estudado dentro de um recorte histórico dos primeiros séculos. Com o crescimento de um certo grupo, os “cristãos”, Roma vê a necessidade de interferir na propagação do mesmo e não só, mas também assegurar seu status de poder.
Tendo por base a célebre frase de Duby “jamais chegaremos a uma verdade objetiva” (1986, p. 13), queremos deixar explícito nosso interesse subjetivo ao tema a ser analisado por uma visão não externa, mas sim interna em relação a um dos principais fatores deste ensaio, a religião.
Começaremos analisando a expansão do cristianismo e como ele se posicionava diante do Império Romano que, vendo o crescimento dessa vertente do judaísmo, reforçou a dominação política, socioeconômica e, sobretudo, cultural.
Palavras-chaves: cristãos, romanos, perseguição, dominação.
Cristianismo: origens, evolução e expansão
O cristianismo, como sabemos, é uma religião oriunda do judaísmo, perceptível pela simbologia e no uso dos cinco primeiros livros da Bíblia – Gênesis,Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio –. Diferentemente dos judeus, os cristãos acreditam que Jesus seria o Messias teleologicamente descrito no pentateuco ou no Antigo Testamento. Vale ressaltar que a distinção entre essas duas religiões nem sempre foi visível – a mesma não será tópico desse artigo.
Os romanos sempre demonstraram atitudes hostis em relação aos cristãos, enquanto os judeus, no governo Justiniano, eram encarados como praticantes de uma religião lícita por pagarem “impostos” ao imperador (Feldman, 2001, p. 8).
É preciso entender o que acontecia com os judeus porque é de extrema importância a ligação entre a sua história e à dos cristãos. Por