A obra de arte bidimensional e sua reprodução fotografica
Bruno Silvério Duque[1]
Resumo: A fotografia das obras de arte bidimensionais multiplicam suas imagens, porém a experiência estética diante da original nunca é igual a experiência com a reprodução. Gerando assim experiências distintas de certa forma confundíveis. Apesar disto a sensação de (re)conhecimento da obra é passada pela fotografia. Neste artigo é feita uma rápida análise das relações entre obra e reprodução e essas duas experiências estéticas.
Palavras-chave: Imagem; cognição; fotografia; obra de arte; reprodução; sistema visual; tecnologia; pintura
Este artigo busca algumas explicações sobre “as diferenças entre obra e reprodução fotográfica” nos campos: história da arte, psicologia visual, estética, tecnologia, assim como outros implicitos como filosofia da arte, sistema visual, análise científica da obra de arte, cognição, processamento digital de imagens e outros. Não foi referida a ótica porque os campos citados apresentam as noções de ótica, até o momento, relevantes aos estudos. Os principais autores que serviram de referencia para os estudos apresentados neste artigo são André Malraux, que em “o Museu Imaginário” analisa a possibilidade que os álbuns de fotografias tem para exibir obras de arte, e Kant e Schopenhauer que possibilitam algumas idéias estéticas apresentadas e que nos ajudam a entender a relação sujeito x imagem e, portanto, facilitam explicar as diferenças fotografia x original, pois só importam estas diferenças enquanto em relação com o sujeito. Vários outros autores utilizados em uma investigação mais ampla do assunto estão apresentados na bibliografia. No presente texto são apresentados o papel que assumiu a fotografia em relação as artes anteriores a ela, a relação do funcionamento da maquina fotográfica e o sistema visual humano, uma análise da estruturas cognitiva humana, idéias a respeito da experiência estética e possíveis abordagens para o assunto.