A noção de libertação no emilio de rousseau
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A Noção de Liberdade no Emílio de Rousseau. Segundo o autor, ele permite melhor compreender a ordem entre seus escritos e alcançar os princípios fundamentais de seu “Sistema”. Aceitando a indicação e o desafio proposto, o presente artigo tem como objetivo reconstruir argumentos centrais desenvolvidos por Rousseau acerca da constituição da noção de liberdade, isto é, segundo as duas etapas que caracterizam o seu conteúdo, a educação pela liberdade e a educação para a liberdade. A educação natural é pensada no sujeito que está sendo educado e é voltada para a liberdade. A liberdade da criança é algo que deve ser desenvolvido no processo de pensar a si próprio. A criança deve seguir o seu próprio caminho e não seguir à risca as regras dos adultos. A criança deve ser educada para que quando se chegue à idade adulta, ela consiga caminhar com as próprias pernas e de acordo com a sua vontade. È nisso que consiste a liberdade. Emílio apresenta as regras para o desenvolvimento cognitivo e moral da criança a ser educada até a idade adulta, a idade do contrato social. É preciso respeitar a criança em seu mundo e a partir disso conduzi-la à vida adulta para que, quando adulta, ela possa agir de acordo com a vontade geral. O resultado de todo processo educacional consiste em construir um ser, ético, que consiga se guiar pela vontade e se tornar senhor de si. Isso tudo consiste em ter o seu mundo respeitado desde a infância. Na idade adulta, a pessoa encontrará limites morais, mas, ao se tornar senhora de si, terá condições de se disciplinar e se tornar autônoma. A autonomia consiste em distinguir as suas necessidades que são supérfluas e desnecessárias. Esse caminho deve ser trilhado desde cedo pelas crianças em seu desenvolvimento moral. O adulto é uma figura que participa desse processo, mas na medida do possível, esse processo de desenvolvimento deve ocorrer somente no contato entre acriança e o mundo à sua volta. É preciso que