O iluminismo
Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira
(Autorizado pelo Dec. Est 41.733, de 25.06.2001)
Disciplina: História da Educação Professor: Antonio Carlos Figueiredo Costa
O Iluminismo e a evolução da Educação Pública em uma era de Revolução Industrial
O Iluminismo expressa um conceito de extrema complexidade, servindo para indicar um movimento de idéias desenvolvidas essencialmente no século XVIII. No próprio século XVIII existia uma idéia básica que definia o Iluminismo a partir da concepção de que o homem caminhava cada vez mais para sair de sua menoridade, da qual ele seria inclusive, o responsável. Quando se trata de identificar os realizadores do Iluminismo, instaura-se porém a dúvida, afinal, se ele é apontado como um dos fatores condicionantes das Revoluções ditas burguesas, buscam-se indícios que autorizem tratar seus realizadores como oriundos de uma classe social, no que se costuma dizer que teria sido obra de uma elite intelectual burguesa, que seria, ao mesmo tempo, sua produtora e consumidora. Fato é que parte considerável daqueles que assinaram na qualidade de compradores/leitores a Grande Enciclopédia Francesa ( ou melhor “A Enciclopédia ou Dicionário Arrazoado das Ciências, Artes e Ofícios”), obra monumental que condensou em 28 volumes os resultados do saber da época, foram indivíduos pertencentes à pequena nobreza. Essa publicação, umbilicalmente ligada à uma matriz iluminista, fora
História da Educação – a escola do Renascimento
45 lida com avidez por membros da pequena nobreza, o que já causa certo embaraço em considerar a Enciclopédia como algo de matriz burguesa, realizada para ser lida pela burguesia. Talvez, mais útil do que identificar as raízes sociais do pensamento de Diderot, Voltaire, D’Alembert ou Rousseau, seja, sem perder de vista a raiz burguesa dessa elite, identificar alguns traços genéricos mais visíveis aos nossos interesses. Ora, estes seriam o primado da razão, em torno do qual se desenvolve o tema do