Filosofia - A Justiça em Rousseau
A justiça em Rousseau
1 Introdução
Jean Jacques-Rousseau foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo. Teve como principais obras: O Contrato Social, o Discurso sobre as Ciências e as Artes, o Discurso sobre a origem e os fundamentos da Desigualdade entre os Homens, Emílio, ou da Educação e Os Devaneios de um Caminhante Solitário.
Rousseau ocupou um lugar de destaque, no século XVIII, entre os que inovaram a forma de se pensar a política, principalmente ao propor o exercício da Soberania pelo povo, como condição primeira para sua libertação. E, certamente, por isso mesmo, os protagonistas da revolução de 1789 o elegeram como patrono da Revolução Francesa.
2 O ESTADO DE NATUREZA
Segundo o estado de natureza rousseauniano, os indivíduos viviam isolados pelas florestas, livres, iguais e bons. Sobreviviam com o que a natureza lhes dava, desconhecendo lutas e comunicando-se pelos gestos. O homem era bom e sua bondade determinava as relações entre os indivíduos, daí veio sua famosa frase “O homem nasce bom, a sociedade que o corrompe”. Seus desejos eram apenas desejos do seu corpo, como cita Rousseau: “"Seus desejos não passam de suas necessidades físicas, os únicos bens que ele conhece no universo são a alimentação, uma fêmea e o repouso". A consciência no estado selvagem não estabelece distinção entre bem ou mal, uma vez que tal distinção é característica do indivíduo da sociedade civil. Para Rousseau, o que faz o indivíduo em estado de natureza parecer bom é, justamente, o fato de conseguir satisfazer suas necessidades sem estabelecer conflitos com outros indivíduos, sem escravizar e não sentindo vontade de impor a sua força a outros para sobreviver e ser feliz.
Este estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma de bom selvagem, termina quando alguém cerca um terreno e diz: “ É meu.” A