A Necessidade Da Educa O Para O Lazer
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A necessidade da educação para o lazer, o desenvolvimento de atividades no tempo disponível, quer no plano da produção, quer no consumo não conformista e crítico, é necessário aprendizado. No plano da produção, a característica da cultura na sociedade tradicional é a criação coletiva, em contraposição à cultura erudita, em que o criador é autônomo. Individuo ou grupo – continua sendo uma pessoa especial. Vejamos, a título de exemplo, o que ocorre em um campo específico dos conteúdos culturais do lazer e da arte. Na cultura tradicional a arte é vista como canal, ambiente. É festa, “... feita para o encontro e a comunicação, não é o fim, mas o meio”. Ao contrario da arte erudita há um distanciamento entre produtor e consumidor. Uma diferença básica na pedagogia orientadora da educação para a arte, que corresponde a duas grandes linhas: uma tradicional, que se confunde com o cotidiano das pessoas, e está ligada a uma cultura mais localizada, a chamada educação espontânea, que está basicamente vinculada à arte tradicional: a outra depende de uma aprendizagem mais especializada e sistematizada, estando ligada ao desenvolvimento das atividades da arte erudita, é chamada educação planejada. Não existe distinção rígida, ou claros limites divisores; pelo contrário, o que ocorre, embora a tendência seja a predominância cada vez mais acentuada do moderno, é a convivência. Na sua análise da educação para o lazer, Ethel Bauzer Medeiros, faz uma interessante caracterização das duas grandes linhas observadas historicamente, a tradicional ou espontânea e a sistemática. Segundo a autora, entre os novos objetivos de que se revestem essa educação, está “... o bom convívio com a natureza, cada vez mais ameaçada por desmatamentos, destruição de mananciais, desrespeito à flora, fauna, etc. Nas áreas em que a industrialização vai abafando artesanato e folguetos populares, incentivam-se atividades tradicionais de lazer, capazes de facilitar a coesão da comunidade, ao