A natureza da filosofia e o seu ensino

A NATUREZA DA FILOSOFIA E O SEU ENSINO A filosofia é uma disciplina aberta e especulativa que para ser entendida é necessário extinguir cuidadosamente as competências filosóficas da informação histórica, fazendo uma leitura ativa dos textos dos filósofos. Para Desiderio Murcho, a filosofia como outras disciplinas há sempre problemas em aberto; mas no caso da filosofia, temos mais problemas em aberto do que resultados consensuais.
No entanto é importante declarar desde já que o caráter aberto da filosofia em nada diminui o seu valor cognitivo ou social, e sua seriedade acadêmica ou escolar.
Sabemos que as instituições de ensino estão vocacionadas para transmitir conhecimentos substanciais para os estudantes mesmo sabendo que a filosofia é uma disciplina especulativa, que lida com problemas difíceis de resolver.
Do ponto de vista do cientismo, que desconfia do caráter priori da filosofia é uma manifestação do desconforto perante a falta de resultados consensuais da filosofia.
Contudo, não podemos esquecer que muitos dos resultados acumulados ao longo dos tempos surgiram das diferentes idéias defendidas pelos diferentes filósofos; portanto são resultados da filosofia.
Mas existem também contradições, pois alguns filósofos defendem que temos livre-arbítrio, outros que não temos, alguns defendem que o mau moral e natural e compatível com a existência de um “Deus” teista, outros defendem que não, alguns que a arte pode ser definida, outros defendem que não pode.
A filosofia pode apresentar diferentes resultados: tanto negativos como transversais. O primeiro trata de resultados que nos dize apenas o que é falso, e não o que é verdadeiro; no segundo são resultados neutros quanto às discussões substanciais, ou seja, resultados de algumas teses defendidas e aceitas por alguns filósofos.
Apesar de a filosofia ser uma disciplina a priori, a informação empírica pode ser relevante em muitas das suas áreas podemos ilustrar mostrando um problema de ética aplicada, ex: