A Morte do amor
Ouvimos, muitas vezes, que o ser humano não é uma ilha, e que não consegue viver só. Diz-se, ainda, que não há vida, sem o amor. Alardeiam que qualquer vida saudável deve assentar-se nesse sentimento. O que acontece quando o AMOR morre? Alguém está presente para lhe apresentar os pêsames, ou sugerir algo que o substitua?
Já experimentou a dor, ao perceber que seu AMOR morreu? Não aquele amor que se foi, porque a pessoa, objeto desse amor, se apaixonou por outra pessoa. Mas aquele AMOR que arrefeceu, sem que percebêssemos, que ele já estava desfalecendo há algum tempo. Primeiro, porque não se acreditava que esse AMOR pudesse correr qualquer risco. Segundo, porque esse sintoma não se manifesta de forma agressiva, num primeiro momento. Nem se faz presente através dos acessos de ciúmes ou briga passageira. Se disso, nos apercebêssemos, com certeza faríamos de tudo para salvá-lo. É óbvio, pois quem ama, ou já amou, nunca esquece o quanto o AMOR é importante em sua vida.
Um dos primeiros sintomas que nos mostra que o AMOR está adoecendo, é a forma negativa, com que duas pessoas por ele plugadas, inadvertidamente, passam a se tratar. Então, só notam que seus sentimentos foram feridos, sem saber o porquê. Tanto pode acontecer por parte de um homem, quanto de uma mulher, por não perceberem qual o tipo de AMOR que um ou outro necessita. Começam, assim, os primeiros conflitos e o esmaecimento afetivo.
Quando as pessoas acham que não são mais amadas tanto como antes, passam a agir de forma diferente. Como resultantes desse descontentamento pouco a pouco deixam de fazer o que faziam antes, quando do surgimento da paixão tresloucada e da sua transmutação para o AMOR.
A mente apaga, aos poucos, o passado romântico como: um olhar no olhar, os gracejos, os abraços ou os toques sutis, por exemplo, ou quaisquer outros atos, que deram origem ao AMOR. Ou ainda, a noite mágica em que sonharam acordados até o dia amanhecer, antes que a lua e a estrela brilhante