Morte e Vida do Amor Romântico
Tânia Dutra da Silva
Florença Ávila de Oliveira
IEP – Instituto de Educação em Psicologia
Pontifica Universidade Católica de Goiás
Vivemos em uma cultura onde crenças sobre o amor romântico nos fazem supô-lo como a única forma de amor que pode gerar felicidade. Quando ouvimos falar no amor romântico imagina-se logo uma cena de algum conto de fadas com final feliz que nos nutre com expectativas de que sim, ele existe e pode durar para sempre. Assim criamos ideais, fantasias e fazemos exigências difíceis de cumprir. E a união que se inicia como fonte de satisfação e completude termina com grandes frustrações.
Para a maioria dos casais, segundo Lederer & Jackson (1968), citados por Guarnieri (2007), a satisfação no início do relacionamento é bastante alta, mas logo após o casamento se inicia um lento e contínuo declínio. Eles apontam para a queda íngreme e perigosa da felicidade conjugal e observam que ilusões românticas sobre o amor são características de casamentos infelizes e instáveis. Afirmam que a marcha contínua em direção à decepção e desilusão parece ser a característica da maioria dos casamentos. Ainda assim existem evidências de que as pessoas querem experimentar algum tipo de vínculo amoroso com outra pessoa no decorrer de suas vidas. A proposta aqui é refletir acerca do amor romântico enquanto narrativa culturalmente construída. E assim favorecer o processo de compreensão da transformação do amor romântico idealizado para um amor real. Este processo se torna possível a partir da construção de novas narrativas que dê sustentação para a relação amorosa por meio de novos significados construídos da experiência vivida. Para isto foi feita uma pesquisa bibliográfica sobre a origem do amor romântico e a análise da trilogia: “Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia Noite”, filmes que retratam as diferentes fases do amor. Este artigo foi fundamentado no Pensamento