A OUTRA FACE DO ROMANTISMO: O EROTISMO
Rosana Araújo da Silva Amorim
O poeta Castro Alves não é só um poeta dos escravos, da liberdade é um poeta que cantou o amor, cantou de uma forma lírica e também erótica. Esse mesmo poeta que escreveu “A praça é do povo como o céu é do condor”, escreveu, poesias carregadas de sensualismo, erotismo. A poesia lírico-amorosa de Castro Alves evoluiu do campo da idealização para o campo da concretização, pois, as musas que inspiravam o poeta eram mulheres de carne e osso, sensuais, individualizadas.
Palavras Chaves: Amor. Erotismo. Mulheres.
Mestranda da Universidade Federal da Bahia, rosanasilvaamorim@bol.com.br
A tentativa de buscar um herói nacional em nossas origens foi uma das características distintas do romantismo brasileiro, conhecido como um momento do indianismo, o nosso índio passou a ser o herói. Herói nacional. Esse “herói” (índio) era idealizado na literatura, de obras como Iracema e o Guarani de José de Alencar com particularidades significativas: forte e corajoso ao contrário dos índios brasileiros que eram fracos e preguiçosos.
Mas, não foi só a busca de heróis que marcou esse momento romântico. Eis que surge uma voz, da cidade: um poeta. Ora por que esse poeta não buscou o índio como o seu representante natural? Porque, afinal, no Brasil, não só viviam os índios. Ele clamor a dor dos oprimidos. Conhecido como poeta dos escravos, o baiano Castro Alves através de suas poesias, como por exemplo, Navio Negreiro, mostrou um verdadeiro desabafo contra a escravidão.
O romantismo é a liberdade. Liberdade de expressão, a generalidade em criações. O romântico tem total liberdade de criar, idealizar, escrever sobre os seus sonhos, fantasias e aflições. Para os românticos a alma é fundamentalmente saudosa, daí surge a necessidade de idealizar um mundo melhor, todavia, o romantismo não mostrou somente a liberdade idealizadora, individual, com uma