A MODERNIDADE E O CIENTIFICISMO
Sheila Mascarenhas sheimascarenhas@oi.com.br A MODERNIDADE E O CIENTIFICISMO1
“Nada do que foi será de novo do jeito, que já foi um dia tudo passa, tudo sempre passará.
Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo tudo muda o tempo todo no mundo”.
Do ponto de vista conceitual e em um sentido geral,
“...a modernidade se opõe ao classicismo, ao apego aos valores tradicionais, identificando-se com o racionalismo, especialmente quanto ao espírito critico, e com as idéias de progresso e renovação, pregando a libertação do individuo do obscurantismo e da ignorância através da difusão da ciência e da cultura em geral” (JAPIASSÚ & MARCONDES, 1990, p.170).
Do ponto de vista histórico, a modernidade representa um novo estilo de vida que começa a ser instaurado nas sociedades ocidentais a partir dos séculos XV e XVI. Os eventos que identificam o início da modernidade são, principalmente, o Renascimento, a Reforma Protestante, a intensificação das atividades mercantis que marcam o início do capitalismo (segundo MARX, a “acumulação primitiva”) e o Absolutismo (entendido aqui como expressão política da transição entre o feudalismo e o capitalismo ou, ainda, como dessacralização da política). Marcam também o início da modernidade o surgimento dos Estados nacionais e o aparecimento da tendência à urbanização (aliás, os centros urbanos marcam um dos principais cenários da modernidade). Fundamental para o surgimento da modernidade foi, também, a nova forma de pensamento e de visão de mundo desenvolvida nos séculos XVI e XVII com FRANCIS BACON, DESCARTES, GALILEU, GIORDANO BRUNO e vários outros.
Se os séculos XVI e XVII marcam o surgimento da modernidade, a sua consolidação ocorre por volta dos séculos XVIII e XIX, com o Iluminismo, as Revoluções Burguesas e as Revoluções Industriais.
RENASCIMENTO
Retomada de um antigo sonho humano: uma sociedade feliz, pacífica e harmoniosa, onde todo o Poder é exercido