A meta
A responsabilidade social não é um modismo, é estudada cientificamente e tratada com dedicação, com vistas à sua aplicação indispensável na empresa do século XXI.
Uma onda de escândalos em empresas tidas como líderes em ética nos negócios, surgiu como exemplo de que a ética e a responsabilidade social não podem ser usadas como instrumento de relações públicas ou marketing.
O próprio governo se adianta na busca de princípios e processos mais transparentes, no seu trabalho.
No campo financeiro, por exemplo, o Banco Central foi pioneiro na exigência de criação de controles de ética e compliance nas instituições.
Mecanismos de apoio e de mensuração vão sendo criados em todo mundo, sendo agora levados a sério pelas organizações que não tem vergonha de trabalhar bem.
O importante é notar que a preocupação com a ética e a responsabilidade social saiu do foro interno de uma organização bem intencionada para se institucionalizar-se como obrigação moral das empresas.
Um genuíno sentido de cidadania ganhou importância com a criação ou desenvolvimento sensível de organizações não-governamentais (ONGS) e com campanhas específicas.
Continua sendo muito difícil aceitar que o Brasil, país tão jovem e rico em recursos humanos e naturais, tenha de enfrentar limitações tão graves como a fome.
A campanha Fome Zero ganhou apoio da população, das empresas, dos órgãos governamentais e de um sem número de ONGS. Se a ética estivesse presente em todos os cidadãos e autoridades envolvidas no programa, sem dúvida grande parte do problema estaria já resolvida. Não está, ainda faltam muita ética e responsabilidade social.
Sem honradez e competência dificilmente projetos governamentais de envergadura alcançam seus objetivos. A iniciativa privada precisará tomar a dianteira, porque o setor público não parece estar tão compenetrado da sua responsabilidade. As parcerias público-privadas (Ppps) chegam para mostrar que o governo brasileiro hoje precisa e - porque não dizer?