A mente pode ser comparada a um software?
Disciplina: Filosofia da Mente
Prof. Jorge Molina
Aluna: Naira Moraes
A mente pode ser comparada a um software?
No mesmo instante em que me fiz esta questão já senti o quão difícil seria, para mim, respondê-la. Esta pergunta me foi despertada através de textos que li dos escritores A.M.Turing, John R. Searle e Thomas Nagel. Turing questiona se os computadores podem pensar e conclui que, se conseguirmos criar um computador que se “comporte” como humano, então ele também pode pensar como um humano. É importante lembrar que Turing não está questionando a capacidade da consciência, mas apenas as reações comportamentais. Searle discute justamente o alvo da minha questão ao expor duas concepções diferentes: algumas pessoas aceitam a idéia de que a mente é completamente independente do cérebro (físico) e sendo assim, seria possível criar mentes como se criam softwares. Há outras pessoas que reconhecem a mente como parte integrante do sistema biológico e por isso, ela é apenas um dos fenômenos possíveis. O ponto de vista da IA, que sustenta que a mente é separada do cérebro, me fez pensar que, a partir disto as discussões filosóficas podem progredir para aquelas já existentes, mudando apenas o ângulo de visão: - se nossa mente não está ligada a um sistema bioquímico em especial então podemos começar a discutir sobre a existência da alma, do espírito, da reencarnação e tantos outros questionamentos que poderão surgir desta premissa. Thomas Nagel diz que é a consciência que torna a questão mente-corpo em algo tão difícil de ser interpretado e, consequentemente, de obter um consenso a respeito. Ele tenta explicar o quanto a mente (consciência) é subjetiva. Ao contrário dos estados cerebrais físicos, que são objetivos. É através do exemplo do texto “Como é ser um morcego?” é que podemos perceber que ainda somos incapazes de ter uma explicação da natureza física de um fenômeno mental. Nagel é muito claro e correto ao nos