a língua materna

A LÍNGUA MATERNA
M AR I A D E LO U RD E S DUT R A RI B E IRO
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O r i en t aç ã o: Mes tr a G l ad is El is e d a S i l v a K a erc h er - U RG S
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Levando em consideração a dura batalha que se trava diariamente com as palavras, seus sentidos e suas possibilidades, percebe-se que o ato de falar e escrever exige uma competência que não é exclusividade dos professores de línguas, mas de todos os falantes nativos. Constata-se, também, ser ela um fator de marginalização e de exclusão. Além disso, há a pluralidade de culturas, de sujeitos, de diálogos, de fontes de conhecimento e de aprendizagem com a qual os professores se defrontam diariamente. Por essa razão, devem descobrir para quem ensinam, e o que ensinam antes de pensar num método adequado para aplicar. Refletir sobre essas e outras questões é um desafio aos professores que constroem, no seu dia-a-dia, a educação na pós-modernidade, porque não há dúvida de que tanto a escrita quanto a fala são questões pertinentes àqueles que se dedicam a ensinar a língua materna, mas devem ser também de todos os professores. Todo o ato de fala ou escrita subentende-se texto, portanto a busca por fórmulas de como fazer e o que fazer são uma constante na rotina de qualquer educador, já que todos os caminhos da comunicação socialmente construída levam ao uso de algum tipo de linguagem, linguagem esta que significa a capacidade do sujeito de fazer parte, ou não, do processo ensino/aprendizagem,

2 e, por essa razão, ela é histórica e social. É uma forma de inclusão na sociedade a qual pertence, ou de exclusão quando o põem à margem, discriminam-no, quando não aproveita a sua vivência, a sua cultura, quando impõe uma nova variante e dispensa aquela falada por ele como forma de expressão no cotidiano. Neste caso não há acréscimo de uma nova variante, mas a ruptura com a outra: a