A Luta Salarial Karl Marx
Em linhas gerais pode-se afirmar que a luta salarial está ligada indiretamente com o meio de produção em questão, como Marx dizia: "as lutas da classe operária em torno do padrão de salários são episódios inseparáveis de todo o sistema do salariado; que, em 99% dos casos não são mais que esforços destinados a manter de pé o valor dado do trabalho e que a necessidade de disputar o seu preço com o capitalista é inerente à situação em que o operário se vê colocado e que o obriga a vender-se a si mesmo como uma mercadoria." Marx, na ânsia de orientar a luta operária, tenta explicar-nos a movimentação e o embate constante entre os lucros (fortemente desejados) capitalistas e os salários (in) justos aos trabalhadores, sob algumas óticas:
4.1. Aumento ou diminuição da produtividade.
A princípio, colocam-se duas variáveis para análise: tal ou qual força produtiva será utilizada no processo. No caso de aumento de produtividade a taxa de mais-valia cresceria com o crescimento da mais-valia e, ainda que o padrão de vida absoluto do trabalhador continuasse o mesmo, a posição social relativa do operário em relação à do capitalista pioraria. No caso de diminuição de produtividade devido a menor investimento nos operários seria preciso mais tempo de trabalho para produzir uma dada quantidade de mercadorias que consequentemente teriam mais valor. Se os salários não acompanharem esta tendência no valor das mercadorias o padrão de vida do trabalhador também piorará.
Marx explica que o fortalecimento das forças produtivas acelera a acumulação do capital e que com a acumulação progressiva opera-se uma mudança progressiva na composição do capital. A parte do capital global representada pelas máquinas, matérias-primas, meios de produção de todo o gênero, cresce de forma mais fluida que a outra parte do capital destinada à compra da força de trabalho, portanto, X cresce mais rápido que Y. Mas como disse Malthus: “enquanto X cresce de forma