A linguagem e a aquisição da escrita
A escola e muitos professores têm dificuldades de aceitar que o sujeito possa ter adquirido o desenvolvimento da leitura e da escrita, fora de um ambiente escolar e assim tendem a desvalorizar as conquistas do aluno.
Não se pode dizer com isto, que a escola não tenha sua importância, a mesma deve se caracterizar como um ambiente que possibilite a transformação, onde sujeito e conhecimento estejam em interação e que se respeite os estágios de desenvolvimento cognitivo do mesmo.
Piaget, cuja teoria constitui atualmente, referência para as diversas áreas do saber, mudou a concepção de que a criança é um ser desprovido de experiências, segundo o mesmo desde muito cedo ela desenvolve relações inteligentes com o meio, ocorrendo trocas em busca do conhecimento, ou seja, do pensamento racional.
No entanto, para se chegar a este conhecimento, é preciso ultrapassar etapas. Estas faces foram denominadas por Piaget (1993), estágios de desenvolvimento cognitivo, onde a criança passa por uma contínua construção de seu conhecimento, elaborando esquemas que se acomodam aos já existentes e a partir da assimilação de conceitos novos sobre o objeto de conhecimento, possa então ocorrer à transformação cognitiva esperada em relação ao estágio em que o sujeito se encontre.
A teoria piagetiana, influenciou outros estudiosos no tocante à aprendizagem da criança. Em relação à aquisição da leitura e da escrita, temos: Ana Teberoski e Emília Ferreiro. Ana Teberoski resgatou os pressupostos epistemológicos da teoria de Piaget, para aplicá-los à análise do aprendizado da língua escrita, a nova forma de ver a alfabetização fez com que mitos vigentes fossem quebrados, como por exemplo, a prontidão para aprender, as crianças