A linguagem Corporal da Criança
O tema é extenso e interessante. Por isso, vamos abordá-lo em alguns posts. Para começar, falaremos das vivências intrauterinas e como elas repercutem após o nascimento da criança.
No útero da mãe, o bebê não sente frio, calor ou fome, mas, a partir do quarto ou quinto mês, ele percebe as vibrações e sons do mundo interno e externo.
Por exemplo, o pequeno sente o balanço do movimento da mãe e sua intensidade: quando caminha, quando corre, quando se curva. Essa percepção o ajuda a entender que as coisas estão em ordem. A agradável sensação do balanço é sentida também pelo recém-nascido, no colo, no berço ou mesmo no carrinho.
O alemão Samy Molcho, autor do livro “A linguagem corporal da criança”, publicado pela Editora Gente, explica que, fora do útero, embalar a criança não é simplesmente balançá-la. É preciso seguir o ritmo tranquilo do caminhar. Do contrário, o balanço rápido, com pressa, não terá o efeito calmante, aquele percebido no útero.
Outro aspecto é que, cada vez que nos movimentamos para frente ou para trás, contraímos ou relaxamos o diafragma e esse ritmo constante gera a inspiração e a expiração, que também acalmam.
No útero, o bebê percebe a cadência do coração da mãe. Mais tarde, algumas canções infantis retomarão esse ritmo regular.
Todo ritmo análogo ao coração humano gera sensação de paz e segurança à criança.
Durante a gravidez, chutes e batidas do bebê cessam quando a mãe coloca a mão sobre a barriga. Por outro lado, quando ela está em uma posição desconfortável para o bebê, ele recomeça a movimentação, como