A liberdade humana
Numa forma geral, a palavra liberdade significa a condição de um individuo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre seus atos. O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Situações como: a escolha da profissão, o casamento, o compromisso político ou religioso, fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigir dele uma decisão responsável quanto ao seu próprio futuro. A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confere ao homem o sentido da liberdade entendida como plena realização humana. Ao conhecer uma verdade, o homem se abre a novas possibilidades de ação e ciência. Ignorar verdades, por outro lado, reduz tremendamente a liberdade humana, não quanto à essência, certamente, mas quanto ao escopo das escolhas livres. Na passagem bíblica encontramos “Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres” (Jo 8,32), resume bem o que aqui se diz: a verdade é o limite da liberdade no que diz respeito ao leque de eleições da vontade. A liberdade está sujeita às paixões e aos hábitos, na exata medida em que estes podem restringi-la. Como o homem não opera como puro espírito, as suas ações levam sempre à matéria, do apetite sensitivo com todas as potências que, em várias circunstâncias, podem obliterar a vontade e a inteligência, e conseqüentemente, restringir a liberdade. Como o objeto da vontade humana é o bem apreendido sobre um modo especifico e não o bem em si, em sentido absoluto, se essa apreensão estiver prejudicada ou deformada por uma paixão ou hábito vicioso, a liberdade sofrerá um déficit, ela não operará no nível de excelência. A paixão pode ser violenta a ponto de paralisar um homem, como por exemplo, alguém que por causa de delírios persecutórios em que a imaginação se detém, tenha uma invencível fobia de sair de casa. Apesar de a assência da