Este trabalho discorre sobre o capítulo VI, intitulado “Ricardo Antunes: complexidade e centralidade da categoria trabalho”, presente na obra “O debate sobre a centralidade do trabalho”, de José Henrique Carvalho Organista, editora São Paulo: Expressão Popular 2006. Organista, no capítulo supracitado apresenta os livros “Adeus ao Trabalho?” e “Os sentidos do trabalho”, de Antunes. Onde tratam da realidade trabalhista nos anos 70, época da crise do sistema capitalista no mundo do trabalho. Nestas obras, Antunes apresenta uma crítica, a alguns autores da mesma temática como: Gorz, Offe, Kurz e Habermas, e também sua visão a respeito do contexto no qual a crise foi desencadeada. Quanto aos autores referidos por ele, este diz que suas obras são superficiais no tocante a análise das transformações que desencadearam a crise do sistema capitalista em diversos países, tais autores não distinguem o trabalho concreto e o abstrato. Tanto na obra “Adeus ao Trabalho?”, quanto na obra “Os sentidos do trabalho” são abordadas às questões oriundas da crise do sistema capitalista enfatizando aspectos como a substituição do homem pela máquina, a informalidade, o subemprego, entre outros, os modelos de produção fordismo e toyotismo. O fordismo, caracterizado primordialmente pela produção em série e o toyotismo, pela produção a partir da demanda. Antunes propõe como forma de superação da crise, a emancipação da classe trabalhadora. Segundo ele, a emancipação se dará quando o trabalho concreto deixar de ser subordinado ao trabalho abstrato. Para explicar tal crise, ele discorre sobre cinco teses, a primeira, que coloca a ciência como força produtiva, a segunda, que retoma a dimensão ontológica do trabalho, a terceira, o arrefecimento das classes, a quarta decorre das teses anteriores e a quinta, fala do estranhamento das classes envolvidas no processo trabalhista. Antunes, nas teses criticou quem acreditavam no fim da centralidade do