capítulo I - processo civilizatório - Norbert Elias
Elias (1994) demonstra haver uma diferenciação entre a forma de vida da classe média e da classe superior cortesã, que eram acompanhadas por diferenças na estrutura do comportamento, da emoção, das aspirações e da moralidade.
Norbert Elias vai explicar que a sociedade alemã na idade média procura o controle dos sentimentos individuais pela razão, esta uma necessidade vital para todos os cortesãos; o comportamento reservado e a eliminação de todas as expressões plebeias, sinal específico de uma fase particular na rota para a “civilização”, ou seja, tem que ser imposta de cima para baixo. Portanto, mostra o que um cortesão deveria ser, ou seja, privado dos seus sentimentos, pois poderiam ser consideradas atitudes vulgares.
Norbert Elias vai traçar as diferenças que ocorreram em França e na Alemanha do período estudado (transição da idade média para a idade moderna), onde em França não tinha resistência em admitir o novo. Portanto, os homens notáveis que emergiam de círculos da classe média eram recebidos e assimilados sem maiores dificuldades pela grande sociedade de corte de Paris, é o caso de Voltaire e Diderot . Ao passo que na Alemanha, os filhos da classe média que possuíam talento e inteligência não lhes eram permitido o acesso à vida cortesã-aristocrática, neste país o preconceito entre as classes sociais era o que prevalecia.
Na Alemanha, os nobres ao tomar a atitude de isolamento se utilizavam de sua ancestralidade como instrumento mais importante para lhes preservar a existência social privilegiada. Por outro lado, bloqueava a classe média alemã, ou seja, a burguesia, esta só tinha a saída para ascensão social ao casar-se com membros da nobreza, portanto, eram recebidos pela aristocracia através do dinheiro.
V - Exemplos literarios da relacao entre a Intelligentsia de classe media alema e a corte
A literatura romântica alemã nesta segunda metade do século XVIII tende a apresentar os