A investigação contabilística em portugal
Contabilidade
A
investigação contabilística em Portugal
Por J. F. Cunha Guimarães
Depois do marasmo vivido na investigação contabilística desde o início do século passado e até à década de 80, a década de 90 constituiu um marco histórico no desenvolvimento da investigação contabilística em Portugal. Este trabalho pretende dar um contributo para o “estado da nação” da investigação contabilística em Portugal.
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J. F. Cunha Guimarães • Presidente do Conselho Fiscal da CTOC
a última década do século passado, a investigação contabilística em Portugal registou um desenvolvimento digno de relevo, traduzido, essencialmente, nos seguintes aspectos: O aparecimento de novos cursos de bacharelato e licenciatura em Contabilidade com ou sem ligações a outras áreas de investigação (v.g. gestão, finanças, administração, fiscalidade); O surgimento de cursos de pós-graduação, especialização, MBA, mestrados em Contabilidade, com ou sem ligação àquelas áreas científicas; O crescimento significativo do número de doutoramentos com teses na área da Contabilidade, com ou sem ligação a essas áreas científicas. Paralelamente, registou-se um incremento da actividade associativa ligada aos profissionais de contabilidade, com especial destaque para a constituição da então Associação (actualmente Câmara) dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), da Associação de Docentes de Contabilidade do Ensino Superior (ADCES), bem como do Centro de Estudos de História da Contabilidade da Associação Portuguesa dos Técnicos de Contabilidade (APOTEC). O apelo ao que designamos de “bichinho do associativismo”, que já vem desde 1982, aquando do exercício de funções na Associação Académica da Universidade do Minho(1), tem suscitado em nós uma intervenção activa que se comprova pelo facto
de há já alguns anos, e até 2005, termos o grato prazer de ser, modéstia à parte, o único profissional de Contabilidade em Portugal que exerce funções em órgãos associativos e ou comissões técnicas nas