historia da contabilidade
BREVE REFLEXÃO
Jornal do Técnico de Contas e da Empresa, n.os 407 ao 410, de Agos. a Nov. de
1998
Por Joaquim Fernando da Cunha Guimarães
“Aqueles que se enamoram da prática sem a ciência, são como o navegador que entra no navio sem timão ou bússola, que jamais têm certeza de onde se vai. Sempre a prática deve ser edificada sobre a boa teoria.”.
(Leonardo Da Vinci)
INTRODUÇÃO
Após um período em que a contabilidade foi considerada simplesmente como uma técnica ou como uma arte, esta passou a considerar-se, no início deste século, como uma ciência.
1. A CIÊNCIA
1.1 A CIÊNCIA E A TEORIA
Para Herrmann (1958: 3) a ciência é sinónimo de conhecimento, que é verdadeiro quando os factos são iluminados pelo conhecimento das relações de mútua dependência. O saber científico distingue-se do saber vulgar pela segurança das suas conclusões. O mesmo autor caracteriza a ciência de certa, geral e metódica. Para Carqueja (1997: 149), de acordo com um dicionário escolar, o termo “Ciência” anda ligado às ideias de:
Neste capítulo vamos, primeiramente, procurar definir os pressupostos gerais inerentes a qualquer ciência, numa dupla perspectiva (a tradicional ou clássica e a contemporânea).
De seguida, abordaremos a contabilidade como ciência (“do equilíbrio patrimonial”), autonomizando-a de outras ciências (v.g., direito, economia, matemática) e apelando à necessidade da existência de uma Teoria Geral da Contabilidade.
Depois efectuaremos uma ligeira referência às doutrinas e teorias contabilísticas (clássicas e contemporâneas).
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Conhecimento exacto e racional de coisa determinada;
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Sistema de conhecimento com um objecto determinado e método próprio;
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Conjunto de disciplinas visando um mesmo ramo do conhecimento. Seguindo uma fonte alternativa1, o termo “Ciência” traduz também as seguintes ideias:
Por último, faremos um breve ponto de situação da Ciência Contabilística em Portugal,