A invenção da cultura wagner roy

1179 palavras 5 páginas
WAGNER, Roy – A invenção da cultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2010 (capítulo 1 “A presunção da cultura”, p.27-48).

Cultura
“(...) a cultura se tornou uma maneira de falar sobre o homem e sobre casos particulares do homem, quando visto sob uma determinada perspectiva. (...) A perspectiva do antropólogo é especialmente grandiosa e de longo alcance, pois o fenômeno do homem implica uma comparação com os outros fenômenos do universo”. (p.27-28)
A cultura para a antropologia, objetividade relativa e absoluta
“(...) a antropologia opta por estudar o homem em termos que são ao mesmo tempo tão amplos e tão básicos, buscando entender por meio da noção de cultura tanto sua singularidade quanto sua diversidade (...). O antropólogo é obrigado a incluir a si mesmo e seu próprio modo de vida em seu objeto de estudo, e investigar a si mesmo. (ele) usa sua própria cultura para estudar outras, e para estudar a cultura em geral.” (p.28)
“(...) ele precisa renunciar à clássica pretensão racionalista de objetividade absoluta em favor de uma objetividade relativa (...) mas frequentemente assumimos os pressupostos mais básicos de nossa cultura como tão certos que nem nos apercebemos deles. A objetividade relativa pode ser alcançada descobrindo quais são essas tendências, as maneiras pelas quais nossa cultura nos permite compreender uma outra e as limitações que isso impõe a tal compreensão. A objetividade ‘absoluta’ exigiria que o antropólogo não tivesse nenhum viés e portanto nenhuma cultura”. (p.28)
Relação entre culturas, o antropólogo em trabalho de campo, cultura “visível” e invenção da cultura
“Uma vez que toda cultura pode ser entendida como uma manifestação específica ou um caso do fenômeno humano, e uma vez que jamais se descobriu um método infalível para ‘classificar’ culturas diferentes e ordená-las em seus tipos naturais, presumimos que cada cultura, como tal, é equivalente a qualquer outra. Essa pressuposição é denominada ‘relatividade cultural’. (...) a

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