a interpretação de Alfred Marshall
Ana Lucia Gonçalves da Silva. Concorrência sob condições oligopolísticas. Unicamp,
2004, p. 21 a 33
Respostas retiradas da bibliografia acima citada.
1. No que é que a cláusula “ceteribus-paribus” contriui com a análise de tipo “parcial” dos mercados?
As condições da produção e da demanda de uma mercadoria são consideradas (no que se refere a pequenas variações) como praticamente independentes, tanto entre si como da oferta e da demanda de todas as outras mercadorias, viabilizando as análises do tipo parcial (sob a cláusula ceteris paribus), com isso, a produção e a demanda ‘congelariam’, ou seja, seriam consideradas constantes, inalteradas, e a análise de mercado sofreria influência de um fator sem que as variáveis acima sofram alterações.
2. De que forma Marshall vislumbra o preço como sendo resultado da estrutura de mercado?
Marshall admitia a importância das economias de escala – ou seja, as vantagens das empresas por crescer –, porém defendia que o crescimento da empresa não poderia continuar indefinidamente por razões básicas, sendo uma delas o fato de, em muitos ramos de atividade, as economias de escala seriam neutralizadas pela dificuldade que a empresa individual encontraria em expandir suas vendas, a menos que reduzisse o preço (ou elevasse os custos de promoção de vendas). Com isso, traria um impactos na estrutura de mercado.
3. Apresente o chamado “dilema de Marshall”.
O “dilema de Marshall” tratava-se de enfrentar a incompatibilidade de reconhecer a realidade de que, pelo menos em alguns ramos de atividade, a empresa individual obteria vantagens ao crescer (expressas na redução do custo unitário devida a um aumento da escala de operação) e, ao mesmo tempo, pretender defender que, em todos os ramos, mais cedo ou mais tarde, as empresas se defrontariam com limites ao seu crescimento (impostos pela inexorável elevação dos custos unitários, a partir de um certo volume de vendas).
4. Explique a