Alfred Marshall
Alfred Marshall nasceu em Bermondsey, subúrbio de Londres, em 26 de julho de 1842. Filho de William Marshall e Rebeca Oliver. Seu pai era um caixa do Banco da Inglaterra, de caráter tirânico, cresceu no bairro londrino de Clapham. Embora tenha sido desencorajado pelo pai a se dedicar à matemática, por ser irrelevante para o clero, que o pai escolhera para carreira do filho, Marshall estudou em Cambridge, onde se dedicou à matemática, à física e, posteriormente, à economia. Casou-se em 1877 com uma antiga aluna, Mary Paley, que se tornou professora de economia e sua ativa colaboradora intelectual. Morreu em Cambridge, aos 81 anos, no dia 13 de julho de 1924.
Alfred Marshall foi, sem dúvida o maior economista inglês de sua geração. Sua obra teve enorme influência no mundo. Se perguntássemos por que a obra deste autor teve maior repercussão que a de Walras e Jevons, por exemplo, talvez pudéssemos apresentar duas razões.
Primeiro Marshall escreveu de maneira mais cessível. Sua pretensão era falar do homem do negócio e não ao especialista. Por isso, diagramas e elaborações matemáticas foram relegados e apêndices e notas de rodapé. Marshall era filantropo convicto. Quando ainda jovem, dirigia-se a certos homens de negócios apresentando-lhes suas ideias para regenerar o mundo. Estes esquemas de salvação eram recebidos com ironia e ceticismo. Diziam que ele pensava assim por desconhecer o mundo dos negócios. Foi a vontade de conhecer os homens práticos que desviou Marshall da Matemática para a Economia. Sua primeira intenção era fazer uma breve incursão pelo mundo da Ciência Econômica, persuadir seus adversários e depois voltar a seus estudos abstratos.
O segundo motivo que propiciou mais ampla acolhida a obra de Marshall, pelo menos no mundo de língua inglesa, foi o fato de ele não romper com a grande tradição da economia clássica que vinha desde Adam Smith, Ricardo e Stuart Mill. Marshall voltou-se para esses autores e os estudou em profundidade.