alfred marshall
9 de abril de 2010
Nota explicativa: Este singelo texto sobre o eminente Alfred Marshall irá ocultar todas suas grandes contribuições para o pensamento econômico, tais como: a análise da variável tempo nos estudos econômicos; a distinção entre economia externa e interna; o cabedal teórico envolto nas análises monetárias – basicamente a distinção entre os juros “reais e monetários”; a determinação do valor pelo ponto de equilíbrio entre procura e oferta; o “excedente do consumidor”; a análise de elasticidade; a “quase-renda” e a “empresa representativa”. Também não serão citados aspectos biográficos. Elaboramos aqui, apenas e tão somente, um texto que contempla a visão de Marshall sobre as questões de cunho social, uma vez que nosso “personagem aqui retratado” via com clareza que as Ciências Econômicas dispunha de um formidável instrumental para transformar a vida das pessoas mais necessitadas.
Considerado chefe da chamada “escola neoclássica de Cambridge” (1), Alfred Marshall, definitivamente, está no rol dos greats economists de todos os tempos. Sua trajetória intelectual, ainda que ligada inicialmente a estudos no campo da Matemática, incluindo também Ciências Naturais, História e Filosofia, está fortemente vinculada ao incansável reformador social que sempre foi. No ano de sua morte (1924), quando contava 82 anos, afirmou no prefácio de Money, Credit and Commerce que “embora a idade avançada me pressione, não abandonei a esperança de que algumas noções que formulei com relação às possibilidades de avanço social possam vir a ser publicadas”.
A cada página escrita de Principles of Economics, sua principal obra, publicada em 1890 e, sem sombra de dúvidas, um grande postulado neoclássico e uma excelente apresentação da concepção marginalista, Marshall deixa nítido seu inconformismo com a situação de penúria vivida pelas classes menos abastadas. Desse inconformismo, nasce um entendimento em torno da abrangência da