A INTERDISCIPLINARIDADE COMO CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
EM SAÚDE E ENFERMAGEM
O setor saúde é chamado a responder a uma pluralidade de necessidades e especificidades, às mudanças demográficas, às condições sociais, às mudanças epidemiológicas, centrando-se no ser humano, individual ou coletivo.
. Convivemos com a necessidade de diferentes abordagens para entender a realidade e enfrentar os problemas que se apresentam, buscando múltiplas teorias para explicá-los. Uma abordagem interdisciplinar, com o olhar da complexidade em saúde, se caracteriza pela necessidade de aporte de outros conhecimentos, principalmente das Ciências Humanas e Sociais à saúde. A nova visão de saúde coletiva e pública, em construção na América Latina, traz a necessidade de uma sistematização do conceito de saúde, situando suas potencialidades de constituição de um conhecimento interdisciplinar. Novos paradigmas trazem novas formas de pensamento e de visão de mundo. A idéia de interdisciplinaridade já vem desde os filósofos gregos com a possibilidade de formar um homem integral, voltando à discussão nos tempos atuais, na década de 60, com os trabalhos de Gusdorf, Piaget, Bastide, Jantsch, dentre outros, com a possibilidade de unir os conhecimentos que vão se fragmentando nos espaços especializados. Vivemos a hiperespecialização em todas as áreas do conhecimento, os problemas fundamentais e os problemas globais são despejados das ciências disciplinares. Ao discutirmos os conceitos de interdisciplinaridade, é comum a visão de uma resposta à fragmentação do saber para a construção de um saber que dê conta da totalidade da realidade, o saber unitário. O real está em constante movimento, em constante relação entre o geral e o específico, o universal e o particular, entre o uno e o diverso. Não existe uma metodologia interdisciplinar, pois não podemos ter essa pretensão de prever o imprevisível diante da dinamicidade da realidade. Não há