A inteligência emergente
“Vai ter com a formiga, preguiçoso, Observa o seu proceder e torna-te sábio: Ela não tem um chefe, nem guia, nem dirigente, No verão, acumula provisões E reúne os grãos durante a colheita.”
Provérbios, 6:6-8
“O que precisa mudar no Brasil para a sua vida melhorar de verdade?”
Ao dirigir esta pergunta a milhões de cidadãos conectados e a milhares de habitantes dos municípios menos desenvolvidos, além das audiências públicas e das consultas ao meio acadêmico, a concepção do tema deste relatório adota metodologia que respeita como básica a capacidade de auto-organização dos povos.
Não haveria sentido em realizar esta escolha de outra forma, pois o próprio conceito de desenvolvimento humano implica na supressão da opressão e de atos discriminatórios, como por exemplo, a imposição de alternativas.
O convite à população para que responda a uma pergunta aberta na rede mundial de comunicações, garante a consulta em larga escala. As audiências públicas e as consultas ao meio acadêmico asseguram a participação dos estudiosos e interessados diretos e ainda, a incursão que foi feita aos dez locais com os menores índices de desenvolvimento humano no país proporciona os meios necessários à participação dos principais interessados, os mais necessitados, que podem não ter acesso à rede.
O fenômeno recente da popularização da capacidade de emitir comunicações traz em seu âmago esta tendência de transparência e de multiplicação de manifestações democráticas e ascendentes.
O Brasil em 2009 se apresenta como solo fértil para esta abordagem, tendo em termos aproximados cento e noventa milhões de habitantes com cento e cinquenta e dois milhões de celulares, sessenta e cinco milhões de usuários na rede mundial de dados, sendo vinte