O texto jornalístico - a verdadeira prática
Os dois primeiros semestres podem ser realmente entediantes para os alunos que ingressam no jornalismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Muito embora se verifique um esforço contínuo da coordenação para melhorar a estrutura do curso, a verdade é que as aulas são puramente teóricas – o que torna as atividades demasiadamente chatas. A exceção fica por conta da disciplina de Produção Textual, única matéria realmente prática que os estudantes têm contato no primeiro ano de faculdade. Apenas para efeito de comparação e por amor à argumentação, o curso de jornalismo da Universidade Católica de Pelotas oferece logo no primeiro semestre a cadeira de Fotografia I, além de dispor aos alunos iniciantes um laboratório de rádio, um de vídeo e outro de fotografia. O paralelo poderia estender-se por várias linhas, mas não é essa a finalidade. Aliás, o intuito deste texto é abordar justamente a parte mais interessante do que a curso de jornalismo da UFPEL oferece aos seus calouros. Ou seja, do cerne da cadeira de Produção Textual: o texto jornalístico. De fato, o iniciante na área vai aprender lições importantíssimas e que lhe despertarão a curiosidade. Vivencia-se uma comedida e regular inversão lógica no processamento das informações – uma experiência talvez experimentada apenas na sexta série do ensino fundamental, quando o aluno tem o primeiro contato com números negativos e que nada parece fazer sentido na disciplina de matemática. Explico. Um dos principais segredos de um texto jornalístico de qualidade está na sua estrutura de pirâmide invertida. Sim, isso mesmo. Uma pirâmide invertida, geometricamente falando, parece não ter qualquer tipo de sustentação. Pois, acredite, será a principal base de uma boa matéria. Deve-se entender basicamente que aquilo que é mais importante tem que aparecer no topo de qualquer notícia. Aí que entra a figura da lide. Para um egresso do curso de direito que inicia