A intelectualização da Arquitetura
BRANDÃO, Carlos A. Leite. A invenção do campo disciplinar da Arquitetura: contribuições e contraposições renascentistas.
Disponivel em:
Acesso em: 17/06/2013
Propõe-se analisar o artigo “A Invenção do Campo Disciplinar da Arquitetura: Contribuições e Contraposições Renascentistas”, publicado pelo professor do Departamento de Análise Crítica e Histórica da escola de Arquitetura da UFMG, Carlos Antônio Leite Brandão. O texto foi apresentado na abertura da disciplina de pós-graduação em História da Arquitetura na FAU- UFRJ, em 27 de maio de 2004 e publicado como artigo no ano seguinte. Podem-se abordar diversas vertentes dentro do tema da publicação, no entanto optamos por questionar as razões da classificação da arquitetura como arte intelectual e da sua disciplinação.
A linha de pensamento do autor perpassa diferentes classificações da arte desde a Idade Média até o Renascimento, abordadas por vários autores. Platão vê a arte como pouco dependente do talento e inspiração do artista, enquanto Aristóteles cria um sistema de sete artes liberais – gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música – e exclui as artes figurativas e a arquitetura.
Na Idade Média, somam-se a esse sistema de artes liberais, que dependem do espírito, a filosofia, o direito e a teologia, que se contrapõem às sete artes mecânicas ou servis, que dependem do corpo, entre as quais se engloba a arquitetura. O autor ressalta que, sob nova perspectiva, no Renascimento houve maior integração entre as artes, ligando a arquitetura à ciência, à literatura e à cultura clássica, elevando-a a um caráter mais intelectual, e não meramente braçal, e começando a deslocá-la das oficinas para as academias.
John Summerson1, historiador de arte, arquiteto, jornalista e radialista inglês, autor do livro “A Linguagem Clássica da Arquitetura”, reforça a importância desse período ao destacar a originalidade com que Alberti, ainda que